Azul é a Cor Mais Quente
by
Helena Stein
- 12:52:00
Adaptação cinematográfica de graphic novel francesa sobre as descobertas do amor e o crescimento de uma jovem é extremamente bem sucedida em seus ímpetos dramáticos, apesar de certos excessos gráficos.
São compreensíveis os motivos pelos quais a quadrinista Julie Maroh não ficou muito enamorada com adaptação do seu romance “Azul é a Cor Mais Quente”. Enquanto a graphic novel possui um tom doce, a película de Abdellatif Kechich tem uma levada mais realista e crua, muito distante da filosofia que vemos nos traços e palavras de Maroh.
Apesar das duas obras contarem basicamente a mesma história, com diversos pontos de interseção entre o filme e o original, existem momentos de ruptura imensos, algo que deve ter desagradado a autora, mas que é extremamente comum em adaptações.
Se Kechiche e sua corroteirista Ghalia Lacroix optaram por esta visão, não podiam ter escolhido protagonista melhor. A pouco conhecida Adèle Exarchopoulos tornou mais que o nome da protagonista seu, ela levou o filme consigo, na jornada de autodescoberta de sua personagem homônima.
Como já denuncia o título original desta versão cinematográfica, “La Vie d’Adèle”, o lirismo da HQ foi deixado de lado para contar, da maneira mais próxima possível, o amadurecimento sexual e emocional da Adèle fictícia, levando o público para dentro de seus sentimentos e emoções mais íntimas durante os períodos mais turbulentos da vida dela.
São compreensíveis os motivos pelos quais a quadrinista Julie Maroh não ficou muito enamorada com adaptação do seu romance “Azul é a Cor Mais Quente”. Enquanto a graphic novel possui um tom doce, a película de Abdellatif Kechich tem uma levada mais realista e crua, muito distante da filosofia que vemos nos traços e palavras de Maroh.
Apesar das duas obras contarem basicamente a mesma história, com diversos pontos de interseção entre o filme e o original, existem momentos de ruptura imensos, algo que deve ter desagradado a autora, mas que é extremamente comum em adaptações.
Se Kechiche e sua corroteirista Ghalia Lacroix optaram por esta visão, não podiam ter escolhido protagonista melhor. A pouco conhecida Adèle Exarchopoulos tornou mais que o nome da protagonista seu, ela levou o filme consigo, na jornada de autodescoberta de sua personagem homônima.
Como já denuncia o título original desta versão cinematográfica, “La Vie d’Adèle”, o lirismo da HQ foi deixado de lado para contar, da maneira mais próxima possível, o amadurecimento sexual e emocional da Adèle fictícia, levando o público para dentro de seus sentimentos e emoções mais íntimas durante os períodos mais turbulentos da vida dela.