A Estrada da Noite - Joe Hill

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Editora: Sextante | Pág: 256 | Ano: 2007 | Nota: 4/5


Uma lenda do rock pesado, o cinqüentão Judas Coyne coleciona objetos macabros: um livro de receitas para canibais, uma confissão de uma bruxa de de 300 anos atrás, um laço usado num enforcamento, uma fita com cenas reais de assassinato. Por isso, quando fica sabendo de um estranho leilão na internet, ele não pensa duas vezes antes de fazer uma oferta.

"Vou 'vender' o fantasma do meu padrasto pelo lance mais alto...".

Por 1.000 dólares, o roqueiro se torna o feliz proprietário do paletó de um morto, supostamente assombrado pelo espírito do antigo dono. Sempre às voltas com seus próprios fantasmas - o pai violento, as mulheres que usou e descartou, os colegas de banda que traiu -, Jude não tem medo de encarar mais um. Mas tudo muda quando o paletó finalmente é entregue na sua casa, numa caixa preta em forma de coração. Desta vez, não se trata de uma curiosidade inofensiva nem de um fantasma imaginário. Sua presença é real e ameaçadora. O espírito parece estar em todos os lugares, à espreita, balançando na mão cadavérica uma lâmina reluzente - verdadeira sentença de morte. O roqueiro logo descobre que o fantasma não entrou na sua vida por acaso e só sairá dela depois de se vingar. Numa corrida desesperada para salvar sua vida, Jude faz as malas e cai na estrada com sua jovem namorada gótica. Durante a perseguição implacável do fantasma, o astro do rock é obrigado a enfrentar seu passado em busca de uma saída para o futuro. As verdadeiras motivações de vivos e mortos vão se revelando pouco a pouco - e nada é exatamente o que parece.

Leitura do dia... E do dia mesmo porque não consigo ler esse livro de noite! 

Muito terror, socorro! Estou adorando! Mas a leitura vai aos poucos por motivos de medo e falta de tempo (durante o dia) mesmo. Normalmente, eu leio muito antes de dormir, contudo, não vou arriscar neste caso. Vai que né...


"Vamos dar uma volta, Jude, dizia o fantasma. Vamos dar uma volta na estrada da noite."

E já adianto que a escrita do Joe Hill é ótima! Flui rápido, te prende, sem delongas e em duas páginas já adorei o protagonista e estou sofrendo com ele.

Hill não tem a mesma profundidade psicológica que percebo nos livros do King, mas o filho é tão bom escritor quanto o pai. E sim, traz muito mais terror que suspense. Deixem as luzes acesas.

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